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Artigo Diagma

Como os fluxos logísticos influenciam o estoque loja

No infográfico abaixo comparamos os Fluxos Logísticos Centralizado, Entrega Direto Loja e Cross Docking e as situações em que eles podem ser implementados. Não deixem de comentar as suas percepções e experiências na utilização de cada um deles!

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Bolsa patrocinada pela DIAGMA tem vencedora anunciada no 28° IPSERA Conference em Milão

No final de 2018, o IPSERA - International Purchasing and Supply Education and Research Association, principal associação acadêmica de Compras e Gestão de Suprimentos, anunciou um prêmio para os Doutorandos da América Latina que participassem do seu congresso anual a partir do ano de 2019.

Esse prêmio é uma bolsa no valor de 1.500 €, intitulada "Rebecca Arkader PhD Bursary for Latin America" e é patrocinada pela consultoria em Supply Chain Management DIAGMA. Seu nome é uma homenagem à Professora do COPPEAD - Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rebecca Arkader, como a mais antiga participante da América Latina nos congressos do IPSERA.

O 28° IPSERA Conference que ocorreu em Milão, nos dias 14 a 17 de abril, premiou a aluna Mayra Oliveira Ramos, da Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP, com o artigo "Proposal of a Prescriptive Decision Model for Selection and Evaluation of Suppliers in Sustainability-Related Risk Management".

O projeto foi escolhido por Kai Forstl, Prof. Supply Chain Management at German Graduate School, responsável por todas as bolsas, pela Prof.ª aposentada Rebecca Arkader e Leonardo Marques, Prof. Assistente do COPPEAD.

O tema do projeto se propõe a avançar em uma linha de pesquisa extremamente relevante - a seleção de fornecedores considerando riscos relativos à sustentabilidade. O projeto explora a adaptação de técnicas quantitativas de apoio ao processo decisório - o método AHP - para ajudar na avaliação e priorização de riscos socioambientais no processo de avaliação e
seleção de fornecedores.

Para mais informações sobre o evento, acesse: http://www.ipsera2019.com/

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Petit Comitê Varejo e E-Commerce 2019

No último dia 19 de fevereiro

a DIAGMA realizou, em parceria com a CICLO, um Petit Comitê com um seleto grupo de executivos, formadores de opinião, de diversos subsetores do Varejo no Brasil. O evento, que contou com a participação de 15 profissionais de 14 empresas diferentes, teve como objetivo a discussão dos Principais Desafios e Oportunidades da Supply Chain no Varejo e e-Commerce para o ano de 2019.

O ponto de partida das discussões foram os resultados das pesquisas realizadas pela CICLO em maio de 2018, no 7° Fórum Varejo Supply Chain, acrescidos dos resultados de uma pesquisa que está sendo realizada pela DIAGMA e a CICLO, com empresas do Varejo e Bens de Consumo. A manhã ainda teve a apresentação do Case de Sucesso do Mercado Livre, apresentado pelo Senior Software Engineering Manager, Daniel Ambrosio.”

Diagma reformula site com nova identidade visual

Consultoria em Supply Chain aposta em marca global para sua comunicação no Brasil.

A consultoria em supply chain Diagma Brasil terá a partir de 20 de fevereiro um novo website. A página trará como principal novidade a marca global e a identidade visual adotadas mundialmente pela empresa. De origem francesa, a Diagma adotou recentemente dois novos slogans: “Designers da Supply Chain Inteligente” e “Otimize o Futuro”.

As mudanças consolidam a visão da Diagma de que o supply chain está no centro da evolução das companhias em um mercado de rápida transformação e sensivelmente impactado por tecnologias que possibilitam chegar até o consumidor de diferentes formas, muitas vezes de maneira virtual. Assim, é cada vez mais essencial que as operações sejam “inteligentes” o bastante para se adaptarem a novos modelos de negócios. “A supply chain inteligente se adapta às necessidades e objetivos dos seus clientes”, resume Aurélien Jacomy, CEO da Diagma no país.

No Brasil, onde a Diagma se instalou há cinco anos, há vários “cases” desafiadores de supply chain, e a ideia é que o novo site apresente algumas dessas experiências bem-sucedidas, no formato de blogue e de vídeos curtos, produzidos especialmente para a página.

O site da Diagma será também um bom ponto de partida para profissionais que se interessam por essa atividade. “O bom designer de Supply Chain é curioso, criativo, tem domínio técnico e tecnológico, sabe trabalhar em equipe e acompanha as tendências globais”, comenta Jacomy.

Sobre a Diagma – A Diagma chegou ao país após observar o crescimento do mercado brasileiro no início desta década. Na França, a Diagma atua desde 1973 e é a maior empresa especializada em supply chain do país. No mundo, já são mais de mil projetos assinados pela Diagma. A consultoria possui escritórios em quatro países (Paris, Casablanca, Istambul, São Paulo).
Entre outras distinções, foi considerada uma das melhores empresas de consultoria em supply chain management pela revista especializada francesa Capital.

Entrevista Aurélien Jacomy para o Pan News

Por: Aurélien Jacomy para a Pan News

Aurélien Jacomy, sócio diretor da DIAGMA Brasil

foi entrevistado no programa Pan News, da Rádio Jovem Pan, no último dia 06 de dezembro para comentar sobre o projeto piloto de entrega noturna na cidade de São Paulo

Para complementar o assunto, Aurélien também comenta a matéria do Jornal Folha de São Paulo, do dia 30 de outubro de 2018, “Entrega urbana noturna pode cortar custos e aumentar a produtividade”

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/10/entrega-urbana-noturna-pode-cortar-custos-e-aumentar-a-produtividade.shtml

O projeto piloto de entrega urbana provou o interesse da solução, tanto para as empresas, que conseguiram otimizar o uso da sua frota de caminhões, quanto para a sociedade, com uma melhor utilização da malha rodoviária e para uma redução do trânsito de veículos de carga.

Apesar de receber críticas, esse piloto em conjunto com as restrições de trânsito para caminhões nos centros urbanos (de horário ou de tipo de veículo) aceleram uma transformação e uma melhoria do abastecimento do varejo urbano:

  • O aumento da frequência de abastecimento das lojas, para reduzir os estoques na ponta, o que implica o uso de veículos menores

  • O crescimento da quantidade de motoristas autônomos, com caminhões menores (VUC ou Fiorini), solicitados via aplicativos como Uber, Loggi ou Shippify

  • O início do click & collect, com separação do pedido cliente na loja, que “localiza” a entrega e permite o uso de sistemas alternativos e sustentáveis (bicileta, entrega a pé)

  • A profissionalização do gesto de abastecimento das gôndolas nas lojas, para deixar uma loja “limpa e abastecida” desde a abertura

  • O aumento da área dedicada aos pedestres, o que impulsiona o comércio (piloto na Rua dos Pinheiros em São Paulo), mas reduz a possibilidade de estacionamento dos caminhões

  • O crescimento de uma frota de entrega sustentável, movida à eletricidade ou hibrida

Como especialistas em Supply Chain, apoiamos o desenvolvimento desses novos métodos de entrega em loja que proporcionam benefícios as pessoas, com melhor experiência como consumidor e melhor mobilidade como cidadão, um impacto social positivo. Numa visão completa da cadeia, juntando custos de transporte, de estoques e de abastecimento das gôndolas, eles têm um resultado econômico positivo. Mas permitem também melhorar sua imagem, como empresa inovadora, mais respeitosa com a sociedade e com o meio ambiente. Aurélien Jacomy da Diagma – Consultoria em Supply Chain.

Gestão do Conhecimento, Big Data e Open Data

No dia 07/11/2018, a DIAGMA organizou um café da manhã sobre o tema “Gestão do Conhecimento, Big Data e Open Data na Supply Chain”. Três palestrantes compuseram o debate e expuseram as seguintes convicções para a plateia:

Marcos Cavalcanti

Doutor em Informática da Université de Paris XI - (Paris-Sud), Professor do Programa de Engenharia da Produção, Coppe – UFRJ e Coordenador Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie):

– “Data is the new oil”. O mundo está mudando de era, onde o valor não está mais na terra, no capital ou no trabalho, mas no conhecimento. As 5 primeiras capitalizações na bolsa são empresas de tecnologia;
– Nesse mundo, o dado está disponível, mas nem sempre é valorizado. As empresas precisam descobrir “qual dado pode ser útil”, refletindo sobre o que elas precisam melhorar, e não sobre “como o dado pode ajudar”;
– Além do dado, o que mais transforma o mundo é a conexão em redes. O usuário de ônibus pode hoje ser o “fiscal” das operadoras de ônibus, como o consumidor pode ser o “fiscal da ruptura”.

Aurélien Jacomy

Engenheiro de Produção da Ecole Centrale Paris, Mestrado em Organização dos Sistemas Industriais e Logísticos, CEO da Diagma Brasil:

– Os dados permitem otimizar vários processos da Supply Chain mas, aos poucos, se tornam críticos, visto que dados de má qualidade podem bloquear as operações. As empresas precisam, rapidamente, implementar processos de gestão dos dados, antes de quererem utilizá-los cada vez mais;
– O Big Data é muitas vezes considerado para melhorar o processo de previsão. Em linha com Marcos Cavalcanti, Aurélien destacou que é necessário refletir sobre “os objetivos” da previsão, para definir quais são as variáveis a serem consideradas;
– Para se ter sucesso na utilização do Big Data, é necessário: o Adotar uma arquitetura de sistemas adequada à uma massa de dados maior, ao tempo real;
– Definir os meios de coleta, controle da qualidade e análise dos dados; o Implementar uma organização que possa transformar as análises em tomada de decisão.

João Miguel Benedetto

Engenheiro de Produção da UFRJ, Diretor de Abastecimento da Leroy Merlin Brasil:

– A Leroy Merlin está passando por um processo de transformação do seu abastecimento para se adequar à nova realidade omnichannel dos seus clientes e ao aumento exponencial da complexidade de gestão da sua gama;
– Novos algoritmos de previsão e abastecimento devem ajudar as equipes da Leroy Merlin a focar nas exceções no planejamento (promoção, novidades) quanto na execução (greve dos transportes, problema de entrega de um fornecedor);
– Se a “máquina” tem capacidade para tomar cada vez mais decisões na cadeia de abastecimento da empresa, as equipes das lojas continuam responsáveis pelos resultados da empresa. Existe um trabalho cultural importante para “confiar na máquina”.

Ao final do evento, Aurélien e Benedetto comentaram os principais pontos discutidos, no vídeo abaixo:

Confira na íntegra a palestra do Professor Marcos Cavalcanti e deixe o seu comentário!

Duas décadas de e-commerce e suas transformações na Supply Chain: Quais impactos para as cidades?

por: Rodrigo Zero

Duas décadas de e-commerce e suas transformações nos Projetos de Supply Chain:

Quais impactos para as cidades? 

 

por: Rodrigo Zero

By diagma, outubro 20, 2018 Artigo Diagma

 

Neste quarto e último artigo, observamos como o e-commerce está modificando o tecido urbano. À medida que diminui o movimento nas lojas físicas tradicionais e aumenta a demanda por áreas de processamento de pedidos (os chamados fulfillment centers), as cidades não escaparão intactas.

 

O que esperar disso?

 

O e-commerce produzirá metrópoles desertas, onde as pessoas não saem mais de suas casas às compras? Ou reinventará a cidade, reciclando o espaço urbano para novos usos?

 

A loja física tradicional está saindo de moda. Por mais que os varejistas lutem para encaixá-la no contexto do e-commerce explorando as possibilidades do omnicanal e, se esforcem para transformá-la em um playground para o cliente, o declínio é nítido: 10.000 lojas deverão ter fechado as portas até o final de 2017 nos EUA, 50% a mais do que no auge da crise de 2008.

 

Por sua vez, os centros de distribuição tradicionais – gigantescos e afastados do epicentro urbano, assim como os hipermercados de um passado não muito distante – estão perdendo uma parte de seu destaque para mini-hubs urbanos de distribuição. Esses pequenos galpões, com área variando entre 500 e 2000 m², ocupam por vezes o espaço de antigas lojas que foram fechadas, criando o conceito da chamada ‘dark store’.

 

A demanda por esse tipo de estabelecimento – e por áreas para malhas de distribuição no geral – se reforçará consideravelmente nos anos a seguir. Estimativas falam em uma necessidade adicional de 214 milhões de metros quadrados de espaço de armazenagem no mundo para os próximos 20 anos. Esses novos CDs, menores e mais próximos dos centros das cidades, receberão os pedidos de e-commerce e farão a ponte direta com o cliente final.

 

Modais de entrega menos intrusivos ao espaço urbano (como veículos elétricos, utilitários, motocicletas, bicicletas e provavelmente até drones em um futuro próximo) serão um forte requisito para a convivência pacífica desses pequenos armazéns e dark stores com as áreas residenciais da cidade.

 

Mas essa substituição gradual de lojas por mini-CDs nos centros urbanos não faria a cidade perder sua vitalidade? De fato, um quarteirão de armazéns parece bem menos vibrante e convidativo do que uma avenida comercial, com seus consumidores perambulando repletos de sacolas. Contudo, a pujança das cidades não está necessariamente condenada pelo desenvolvimento do e-commerce.

 

Primeiro de tudo, porque uma parte dessa vitalidade do comércio de rua já havia sido perdida para os shoppings centers – mais seguros, por vezes mais cômodos, mas quase sempre totalmente desconectados de seu entorno urbano. No auge da implantação dos centros comerciais, muitas lojas de rua foram gradualmente substituídas por estabelecimentos de serviços – restaurantes, bares, cafés, academias, centros de exposição ou mesmo salões de beleza – que talvez contribuam até mais para uma cidade mais vibrante.

 

Conforme os cidadãos urbanos deixam de possuir um automóvel, voltam a morar em zonas mais densas e fazem mais compras online, serão principalmente os shoppings centers que sofrerão o golpe. Os comércios de serviços em zonas centrais, por sua vez, ficarão mais vivos do que nunca.

 

Segundo, porque nem todas as lojas de rua darão lugar a centros de distribuição. Muitas delas terão sucesso na conversão para centros de experiência ou playgrounds de clientes, oferecendo de fato mais um serviço – o entretenimento e o relacionamento com a marca – do que um produto físico. Outras, principalmente no varejo de moda, sobreviverão proporcionando uma experiência prazerosa a seus clientes e, produtos exclusivos que não estarão disponíveis na Internet – como a Zara, por exemplo. Por fim, boa parte delas continuará dando espaço a novos comércios de serviços, sem efeitos prejudiciais à vitalidade das ruas.

E terceiro, porque nem todos os centros de distribuição virão se instalar no lugar de lojas. Por uma justificável pressão pela redução dos custos de área, os novos CDs darão preferência a locais próximos do epicentro da cidade, mas menos valorizados do que zonas tradicionalmente comerciais. Um exemplo disso nos EUA é um antigo (e degradado) aterro sanitário em New Jersey, não muito longe do rio Hudson e do fervor de Manhattan, que cedeu seu lugar a um moderno centro de distribuição da Prologis.

 

Estacionamentos e instalações industriais abandonadas são outros fortes candidatos à conversão em centros de distribuição e- commerce – na capital paulista, por exemplo, a Vila Leopoldina e a Avenida do Estado contêm uma série de estabelecimentos potenciais e se encontram dentro do centro expandido. E apesar de não oferecerem muitos atrativos para os transeuntes em suas ruas, armazéns mais bem localizados vão estimular seus funcionários a se instalar também em áreas mais centrais, tornando o coração da cidade mais vivo.

 

O poder público poderá igualmente contribuir para que a transformação da cidade pelo crescimento do comércio eletrônico ocorra em benefício de seus habitantes. Incentivos fiscais para centros logísticos urbanos que se empenhem na revitalização de seu entorno e que façam uso de alternativas de transporte sustentáveis são um exemplo de política pública interessante. A regulação e integração dos lockers de retirada de produtos no mobiliário urbano e nos transportes públicos também irá favorecer a interação dos moradores com a cidade.

 

Não há razão estrutural, portanto, para acreditar que o e-commerce sugará a vitalidade dos centros urbanos. Se bem conduzida pelos agentes privados e pelas autoridades municipais, essa transformação poderá fazer das cidades lugares ainda mais enérgicos, densos e habitáveis.

 

Além das outras vantagens que comentamos acima, centros de distribuição integrados ao tecido urbano terão naturalmente como efeito reduzir os prazos de entrega dos produtos para os consumidores e melhorar a confiabilidade dos serviços de e-commerce, reforçando a comodidade de se morar em uma zona urbana. A logística, o comércio eletrônico e a cidade possuem no final um exímio potencial de sinergias – muito em benefício de seus próprios habitantes.

Podcast « O consumidor como foco nos processos de Supply Chain »

por: Eduardo Sanches

Neste podcast durante o MEB2BSummit, nosso sócio Eduardo Sanches conversa sobre temas cotidianos e de vanguarda da supply chain no Brasil num bate papo informal com Thomaz Castilho da HSM.

Ele comenta sobre o contexto da valorização recente do profissional de supply e a necessidade deste profissional ter um olhar não sobre o menor custo mas sobre o “melhor custo para prover o melhor serviço”. Eduardo revela também que os desafios complexos pedem soluções com pensamento complexo e não linear. E os ambientes de aprendizagem em supply precisam prover convergência entre visão ampla e horizontal da cadeia de suprimentos e a experiência prática.

O sócio da Diagma ainda reforça o senso comum que o consumidor é o centro de tudo, e a supply precisa prover a melhor experiência para que a necessidade humana seja bem resolvida. Com o crescimento do ambiente omnichannel, há uma potencialização da velocidade do fluxo físico dos produtos.

Para responder a este contexto é necessário desenhar e operar uma cadeia mais “viva” e inteligente, uma alive chain, conceito de vanguarda do supply chain management.

São 20 minutos de muito conteúdo e reflexões em supply chain. Ouça e compartilhe!

Duas décadas de e-commerce e suas transformações na Supply Chain: uma revolução da logística.

Por Rodrigo Zero

Na terceira parte desta série, voltaremos nosso olhar à adaptação das operações logísticas para atender os desafios do e-commerce. Os centros de distribuição de hoje lembram cada vez menos os CDs do passado – para além da tecnologia, veremos que isso está fundamentalmente ligado a uma reviravolta no perfil dos pedidos. E, falando em revolução, não deixaremos de abordar aqui o panorama dos transportes.

Para os profissionais de Supply Chain, os últimos 20 anos foram decididamente muito interessantes. O surgimento do e-commerce permitiu curto-circuitar a loja física e colocar a logística pela primeira vez na sua história em contato direto e frequente com o consumidor final. A velocidade de entrega, o respeito aos prazos, a qualidade das embalagens, a rastreabilidade dos pedidos e a facilidade na devolução são todos parâmetros cruciais para a satisfação do consumidor digital – e todos estão sob a responsabilidade das áreas de Supply Chain.

A dimensão da transformação não é pequena. No ano passado, 30% das áreas dos CDs acima de 10 mil m² no mundo já estavam dedicadas à prestação de serviços de e-commerce. Com o desenvolvimento do varejo digital, veremos o surgimento e a expansão de um número cada vez maior de centros de distribuição, em detrimento das lojas físicas – tema inclusive para o próximo e último artigo desta série, sobre as mudanças no tecido urbano. Mas converter as operações de um CD acostumado a atender uma rede de lojas para uma atividade de e-commerce é bem mais complexo do que uma simples redivisão de áreas.

As armadilhas de um centro de distribuição Business to Consumer (B2C)

Diversos varejistas tradicionais com operações logísticas organizadas para o Business to Business (B2B) se lançam em projetos de desenvolvimento do Business to Consumer (B2C) para atender a demanda do e-commerce. Em muitos casos, as empresas cometem o grande engano de acreditar que a logística dessas duas atividades é similar – e dedicam poucos recursos ou esforços a esses projetos de transformação, pagando um alto preço no futuro através de clientes descontentes.

Em primeiro lugar, o perfil das carteiras de pedidos B2B e B2C é completamente diferente. Uma atividade B2B de 50 a 200 pedidos por dia corresponde, para o mesmo faturamento, a mais de 10.000 pedidos B2C! Naturalmente, o tamanho dos pedidos B2C é muito menor: em média 2 a 3 unidades, e muitas vezes apenas um único item por pedido. A sazonalidade dos pedidos não respeita mais os costumeiros picos de final de mês do B2B, mas apresenta grandes variações semanais (com picos nos finais de semana) ou até mesmo diárias (com a noite sendo mais movimentada do que o dia). Além disso, a atividade de packing se torna um driver de custo importante: para garantir a satisfação do cliente, todos os pedidos precisam ser corretamente embalados, e a diversidade do dos produtos não facilita a padronização das embalagens. O e-commerce demanda uma grande variedade de caixas resistentes, e tempo de trabalho para realizar o processo de packing.

Nesse contexto, uma separação pedido a pedido está fora de questão: um modelo de coleta mono-pedido resultaria em pickers atravessando o centro de distribuição toda vez que forem separar cada um dos 10.000 pedidos. Um agrupamento de pedidos em lotes de 10, 30 ou até mesmo 100 deles se torna conveniente para reduzir tempos gastos com deslocamento, aumentar a densidade de picking e ganhar em produtividade. Nesse modelo, a triagem dos produtos para cada um dos pedidos pode ser feita diretamente durante a separação, em um carrinho de picking com múltiplas posições, e potencialmente combinando o picking com a atividade de embalagem (pick & pack). Essa alocação dos produtos aos pedidos também pode ser feita posteriormente, em um sistema de triagem e embalagem (pick then sort then pack). Tudo depende, como de hábito nas operações de qualquer CD, do perfil da carteira de pedidos e da tipologia física dos produtos.

Para diminuir ainda mais o tempo de deslocamento dos pickers, uma setorização do centro de distribuição, que facilite o agrupamento dos pedidos com os mesmos produtos (ou com as mesmas famílias de produto), pode ser uma grande alavanca de produtividade para a operação. Novamente, para definir esses setores e garantir o balanceamento da carga de atividade entre eles, a análise detalhada da carteira de pedidos e a identificação das afinidades entre os produtos são de fundamental importância. No desenho da organização do CD, a própria loja física pode ser uma boa pista: produtos que são colocados lado a lado na loja (porque os clientes costumam comprá-los juntos) normalmente geram sinergias de picking se posicionados lado a lado em um CD B2C.

No entanto, acima da busca pela produtividade, um centro de distribuição e-commerce deve primar pela flexibilidade. A logística agora lida com o cliente final, e precisa ser muito mais reativa e dobrável para cobrir suas exigências. O volume de pedidos é mais flutuante no tempo, e bastante sensível a ações promocionais no site – que podem ser postas em prática em questão de minutos. Os sistemas de informação envolvidos (OMS, WMS, ERP) devem zelar pela fluidez e velocidade do tráfego dos pedidos. O WMS em especial deve ser suficientemente flexível e intuitivo para permitir não só o agrupamento e a setorização dos pedidos como também frequentes re-parametrizações dessas funcionalidades, para acompanhar a evolução da carteira. Sistemas rígidos do tipo ‘caixa preta’ – cujos princípios de funcionamento são desconhecidos e cujos parâmetros permanecem intocados – são uma receita comum para operações disfuncionais.

O desafio das devoluções – como gerenciar fluxos bidirecionais?

Além da mudança drástica no perfil dos pedidos de venda, o e-commerce criou outro grande desafio para a logística: um crescimento significativo da importância da devolução. Esse fluxo, que é normalmente pouco relevante para um CD que tenha como cliente as lojas de sua rede, pode representar uma grande parte da atividade (e dos custos) de um CD e-commerce. Para se ter uma ideia, o setor têxtil B2C da Alemanha lida com taxas de devolução da ordem de 40%!

Como vimos no artigo anterior, a boa gestão das devoluções pode se tornar uma proposta interessante de valor para um cliente online, que não teve contato físico com o produto – e sobretudo no caso do varejo de moda.  Os centros de distribuição devem portanto se preparar para lidar com a complexidade desse fluxo, que é por vezes subestimada. Contrariamente às recepções de produto tradicionais, a recepção de uma devolução de cliente consiste em um ou dois SKUs unitários, provavelmente necessitando re-embalagem, e talvez sem condições de venda. Já que gerenciar esses produtos é complicado e normalmente não faz parte das tarefas mais monitoradas da logística (como a qualidade e a produtividade do picking, por exemplo), a devolução acaba sendo encaminhada para locais menos nobres, escondidos, ou ‘puxadinhos’ do CD – e se acumula até se transformar em uma gigantesca dor de cabeça no próximo inventário. Mais do que isso, se a estocagem das devoluções não for um processo controlado, ela certamente impactará a própria produtividade do picking – o separador ficará minutos a fio procurando por um produto unitário no meio de tantos outros artigos devolvidos em um mesmo endereço ou caixa de armazenagem.

Grandes redes com volume suficiente de pedidos e-commerce e taxas importantes de retornos já começam a colocar em prática as chamadas unidades centralizadas de devolução: centros de distribuição especializados em lidar com todos os pedidos de devolução da empresa, com pessoal e maquinário dedicado às atividades de recepção dos produtos devolvidos, reembalagem, triagem, recondicionamento e expedição para os demais CDs da rede. Efeitos semelhantes podem ser alcançados em menor escala, dentro do próprio CD, com a criação de uma célula de devolução que faça a triagem, massifique os fluxos, direcione os produtos corretamente e monitore indicadores específicos.

E-commerce e a pulverização das malhas de transporte

Saindo agora das paredes do centro de distribuição, a principal revolução que o e-commerce produziu na logística física talvez esteja no transporte, etapa final do processo e crucial na entrega de valor para o cliente. Lembremos de nosso exemplo no início do artigo: uma atividade B2B de 50 a 200 pedidos por dia – com prováveis 50-200 pontos de entrega distintos – equivale a uma atividade B2C de 10.000 pedidos por dia – e um número semelhante de endereços de entrega, cada um deles recebendo na maior parte dos casos um único pacote!

Diante da complexidade, e da importância de algoritmos de roteirização para minimizar os custos globais das entregas, os varejistas acabam por terceirizar boa parte da atividade de transporte B2C para players especializados. Essa opção, ainda que plenamente justificável em termos de custo, envolve um risco inerente: o contato direto com o cliente final – uma das etapas mais importantes em termos de percepção de qualidade do serviço – será conduzido pelos colaboradores do transportador, e não pelo pessoal do varejista. Clientes atendidos por diferentes transportadores podem se ver diante de prestações completamente distintas: enquanto um deles pode eventualmente atrasar a entrega, ou não demonstrar qualquer profissionalismo no trato com o consumidor, o outro pode disparar SMS e links para tracking do pedido diretamente sobre um mapa, disponibilizando ao cliente nome e foto da pessoa que ele deve esperar. Este último, no entanto, tende a associar fortemente esses serviços a seu próprio nome, transferindo para si boa parte da percepção de qualidade do serviço.

Uma alternativa bastante utilizada para tentar reduzir a quantidade de endereços de entrega e a complexidade do transporte last mile no e-commerce é o serviço de click & collect. Os pontos de retirada são com frequência as lojas do próprio varejista, mas não necessariamente se limitam a elas – armários espalhados em locais de grande circulação, pequenas lojas de conveniência ou mesmo mini-armazéns instalados em áreas estratégicas são uma tendência, principalmente para pure players do comércio eletrônico. O consumidor se responsabiliza pelo transporte last mile, e o varejista reparte as economias com ele, normalmente oferecendo frete grátis. Para o cliente, nem toda a comodidade está perdida: se seus horários são pouco previsíveis e ele não dispõe de ninguém que possa receber a encomenda em seu lugar, a retirada em um ponto de entrega pode vir a ser mais interessante do que a própria entrega convencional. Conforme as jornadas de trabalho se tornem cada vez mais flexíveis, os lockers se multipliquem pela cidade e a interação das lojas físicas com o e-commerce passe a ser requisito para a própria sobrevivência delas, o modelo de click & collect terá anos dourados pela frente.

Seriam esses pontos de entrega espalhados pela cidade o único impacto do e-commerce no tecido urbano? Esse é o assunto do próximo e último artigo da série da Diagma sobre os impactos do comércio eletrônico na Supply Chain. Até lá!

Confira o último, da série de artigos do Rodrigo Zero, no link a seguir:

Impactos para as cidades: https://www.diagma.com.br/duas-decadas-de-e-commerce-e-suas-transformacoes-na-supply-chain-quais-impactos-para-as-cidades/

Acesse aos demais nos seguintes links:

Introdução: https://www.diagma.com.br/duas-decadas-de-e-commerce-quais-transformacoes-na-supply-chain/

Expectativas dos Clientes: https://www.diagma.com.br/duas-decadas-de-e-commerce-e-suas-transformacoes-na-supply-chain-como-evoluiram-as-expectativas-dos-clientes/

Tipos de Produtos: https://www.diagma.com.br/supply-chain/

Revolução da Logística: https://www.diagma.com.br/duas-decadas-de-e-commerce-e-suas-transformacoes-na-supply-chain-uma-revolucao-da-logistica/

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